Viajar com um animal de estimação requer alguma ponderação e preparação antes de partir.
A primeira cosa a fazer é avaliar se o seu cão tem capacidade para mudar radicalmente de meio. Pode ser demasiado novo ou demasiado velho, estar a recuperar de um período de doença ou simplesmente ser bastante frágil de não aguentar a viagem. A melhor opção será então procurar alguém conhecido ou um hotel para animais que possa tomar conta do seu cão convenientemente. Nestes casos também terá que ter alguns cuidados, não basta entregar o cão. Faça um pequeno relatório onde descreve os pontos principais que descrevem o comportamento e o historial clínico do seu cão, assim como o contacto veterinário. Constitua uma pequena reserva dos alimentos habituais e dos brinquedos para que ele não sinta uma diferença tão grande ao mudar para outra casa ou para um hotel.
Se a sua opção recair pela hipótese de levar o seu cão de estimação consigo, então siga e cumpra as seguintes tarefas:
1. Marque uma consulta com o veterinário antes de partir
Faça um check up ao cão para detectar eventuais sintomas que o impeçam de viajar. Informe o veterinário para onde vai e quanto tempo vai estar ausente. O médico, melhor que ninguém, saberá quais as precauções a tomar para evitar doenças, parasitas ou mesmo mau estar por se encontrar fora do meio habitual. Pode mesmo ser preciso (dependendo do local para onde for) obter certificados de vacinação e sanidade o que facilita o tratamento em caso de emergência dentro e fora do país.
2. Alojamento na viagem
A melhor forma de transportar o seu cão é usando um contentor específico para animais. Este deverá Ter o tamanho suficiente para que este se possa levantar, ter ventilação, não conter objectos perigosos no interior e um fundo com material absorvente e à prova de fugas de líquido. Por fora deverá escrever o nome do cão, a sua morada e um telefone de contacto. Verifique qual o tipo de contentor aceite no meio de transporte que vai utilizar. As companhias aéreas regem-se por normas bastante rígidas nesta matéria.
3. Identificação
A identificação do seu cão é extremamente importante para o poder recuperar mais facilmente em caso de perda, fuga ou extravio. Para além da identificação no contentor, deverá também colocar no seu cão algum elemento de identificação (nos cães e gatos pode ser uma coleira com uma chapa) com o seu nome, morada e número de telefone de contacto.
4. Material que deve levar consigo
- Trelas e coleiras extra
- Um cobertor (se possível o habitual do seu cão)
- Comida suficiente para a viagem (e mais se no destino não puder adquirir)
- Água fresca para toda a viagem
- Recipientes para a comida e água
- Brinquedos habituais
- Medicamentos recomendados pelo veterinário
- Material para a higiene e cuidados do cão (escovas, pentes, corta-unhas)
- Estojo de primeiros socorros
5. Planeie a viagem com antecedência
Ao planear a viagem procure obter o contacto de um veterinário na zona e verifique se pode comprar lá a alimentação necessária. Escolha um hotel (alojamento) que aceita a permanência de animais (certifique-se sempre, o melhor é mesmo telefonar antes). Leve uma foto recente do cão e dê-lhe uma refeição muito leve antes da viagem.
6. Nunca dê ao seu cão calmantes ou tranquilizantes a menos que tenham sido prescritos pelo veterinário.
Este tipo de medicamentos podem diminuir os factores de equilíbrio e reacção impedindo o cão de fugir e ultrapassar eventuais situações de risco durante a viagem.
A alimentação do seu cão - A dieta correta
Todos sabemos que uma alimentação correcta é a base para uma saúde de ferro. Com os nossos amigos caninos a conversa é a mesma! Os nossos cães pertencem à espécie Canis familiaris e estão incluídos na Ordem Carnívora, onde também figuram os lobos, as raposas, os ursos, os mapaches, os gatos, os texugos, e uma infindável lista de simpáticos animais. Talvez devido à sua associação de vários séculos com o Homem, o cão é hoje uma das espécies menos carnívoras no que se refere à sua capacidade metabólica, embora a carne continue a estar no top das suas preferências! A verdade é que o cão doméstico de hoje é, ou pode ser, um omnívoro (tal como o Homem).
Tal como os seus antepassados lobos, os cães exibem comportamentos de competição perante a comida. Quando o alimento é servido a mais do que um cão podem ocorrer interacções de dominância e haver animais que comem mais. Por isso é muito importante o treino do cão para comer apenas do seu recipiente.O comportamento competitivo durante a alimentação pode ser vantajoso. Em alguns casos, cães que são "maus comedores" podem ser estimulados a consumir mais alimento pela presença de outro cão devido ao comportamento competitivo!
Escolha da comida
A escolha do tipo de comida, comercial ou caseira, deve ser feita com base nas vantagens e desvantagens que oferece a cada pessoa. A maior parte dos donos prefere as preparações comerciais devido à facilidade de aquisição, conveniência, custo e qualidade. Se for dada uma dieta caseira, deve ter-se a certeza que se está a administrar uma ração completa e balanceada e que há consistência de ingredientes e nutrientes em cada preparação. Uma das coisas mais importantes, e que devemos ter sempre em consideração quando escolhemos uma comida para cão, é o estádio e tipo de vida do animal. Como é obvio, as necessidades em nutrientes e energia variam de acordo com a idade, nível de actividade e estado reprodutivo. Existe uma variedade de rações comerciais disponíveis no mercado apropriadas a diferentes idades e estados fisiológicos.
O que é uma dieta equilibrada?
Uma dieta é equilibrada quando um animal que consumiu a quantidade de dieta necessária para satisfazer os seus requerimentos energéticos, tenha satisfeito ao mesmo tempo as suas necessidades nos demais nutrientes. As necessidades nutritivas diárias do cão variam com a idade, raça, sexo, nível de actividade, estado reprodutivo (gestação, lactação), ambiente e estado de saúde.
O meu cão devora a comida em três tempos...
Os cães exibem um comportamento de competição perante a comida. Se a comida é administrada a vários cães ao mesmo tempo, esta pode ser a razão para o consumo muito rápido da comida. A solução está em dar a comida separadamente. Nos casos em que a competição não é a causa, podemos tentar dar uma ração mais difícil de consumir rapidamente. Alguns cães devoram rapidamente as comidas húmidas (lata) mas retornam ao normal se lhes for dada uma ração seca. Se mesmo com uma ração seca o cão devora a comida, podemos experimentar a adição de água à dieta imediatamente antes da alimentação, o que vai diminuir a velocidade de alimentação e assim minimizar o risco de ingestão de grandes quantidades de ar.
Cuidar do seu cão - O tratamento essencial
O Pêlo
Dependendo da espécie e raça cada cão requer cuidados especiais e únicos com o tratamento do pêlo. No caso dos animais de pêlo comprido escovar e pentear, todos os dias! Deste modo conseguirá que o seu cão possua e exiba um pelo limpo e forte. Ao escovar e pentear o seu cão está por um lado a massajar a pele do animal e a remover o pêlo morto e por outro a descobrir com alguma antecedência a existência de parasitas. De uma maneira geral os cães adoram ser escovados entendendo o momento como puro lazer e perfeita comunhão com o dono. Para aumentar a eficácia desta actividade deve sempre utilizar utensílios próprios para cães tais como: pentes, escovas e brossas. Durante a muda de pêlo, que ocorre normalmente duas vezes por ano (no Outono e na Primavera) desenvolva esta tarefa ainda com mais regularidade.
Unhas
Periodicamente e sempre que as unhas do seu cão estiverem demasiado compridas deve cortar-lhe as unhas. Se o seu cão está a maior parte do tempo dentro de casa (não se esqueça que lhe deve proporcionar sempre exercício no exterior!) as suas não se desgastam muito pelo que pode as unhas podem crescer mais depressa. Deve então, sempre que achar necessário cortar-lhe as unhas. Nunca as corte demasiado pois isso será doloroso para o animal, corte apenas a matéria morta. Com a ajuda de um alicate corta-unhas especial corte a parte necessária (uma vez que a matéria córnea é bastante dura uma tesoura não será suficiente). Se não se sentir à vontade o melhor será contactar algum estabelecimento especializado nesta actividade com animais de estimação.
Dentes, Olhos e Ouvidos
Os cuidados com os dentes do cão são em tudo iguais aos do Homem. Deste modo, para evitar a formação de tártaro deve escovar regularmente os dentes do seu cão recorrendo a uma escova de dentes e um dentífrico especial (aconselhe-se no seu veterinário). Para os olhos basta, com um pano humedecido, retirar os fluidos acumulados nos canto e para os ouvidos mantenha uma inspecção atenta e regular de modo a detectar focos de infecção. Sempre que verificar algum sintoma anómalo como excesso de secreções nos olhos ou que o cão coça bastante as orelhas, visite um veterinário para que este proceda a um exame mais profissional e detalhado.
O Banho
Um cão em condições normais não deve tomar banho mais de três vezes por ano, uma vez que este destrói o filtro de protecção do pêlo. Quando o cão se suja na terra durante os passeios basta um duche rápido com água morna e sem qualquer tipo de champô. A forma mais indicada de dar banho ao cão é ao ar livre, apenas em caso de extrema necessidade deve usar a sua casa de banho. Para um banho completo coloque o cão num alguidar, molhe totalmente o seu pêlo e espalhe champô (pode usar um champô suave para bebé ou, melhor ainda, um próprio para cães; outros produtos podem provocar irritações). Depois de esfregar e massajar bem, retire todo o champô com muita água limpa. Deixe sempre o seu cão sacudir livremente a água (recomendamos o uso de um avental grande!). Seque o cão com uma toalha ou com um secador eléctrico (habitue-o a este electrodoméstico pois pode vir a ser-lhe bem útil, tenha sempre cuidado para evitar queimaduras).
